O tempo passa, a gente fica rodando, lembrando, sonhando...
O tempo passa, as lembranças ficam armazenadas e uma palavra as trazem à tona: saudade.
A gente roda, rola e acaba quase no mesmo lugar.
E o lugar é a sala de minha casa com meus quadros e fotos.
Parafraseando Carlos Drummond de Andrade: “Cocota não é apenas um retrato na parede.” Cocota é mais do que uma lembrança latente, ela é viva. O tempo não apagou, pelo contrário, lá está ela, na foto em destaque na sala de visitas e pelo resto da casa e na minha casa interior, decorando minhas lembranças, minha história.
Depois que Cocota, a galinha preta da infância, casou-se com seu Príncipe Encantado, que, na verdade, era um espanador de pó. – Espanador, sim, mas dos bons. – Nada mudou, ou mesmo que tenha mudado, a vida continua rotineira até que uma pitada de aventura tempere a rotina, mudando o rumo da história ou fazendo uma nova, salpicada de divertimento e emoção.
Dessa vez tudo foi registrado em fotos para posteridade.
Essa foto, em particular, chama mais a atenção pelo registro de um dos momentos mais importantes, se não o mais, da vida de Cocota.
É sobre essa foto que vou lhes falar.
De todos os problemas enfrentados para que se realizasse, claro, com minha ajuda tudo deu certo. Aos trancos e barrancos, porque o amor e a união do mundo encantado de meu quintal sempre se fizeram presentes em nossas vidas, tornando nossos problemas em soluções e aprendizados.
Acho que meu dedo atrapalhou um pouquinho...